segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Teoria de Carl Rogers

Teoria de Carl Rogers

Autoras Bárbara e Elisandra












CARL RANSOM ROGERS



CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO I
PROFESSOR: EVANDRO MANARA MILLETO
GRUPO: BÁRBARA LIMA E ELISANDRA BRAZIL

PORTO ALEGRE, 02 DE DEZEMBRO DE 2013

Carl Ransom Rogers era um psicólogo norte-americano que foi o primeiro a gravar sessões psicoterapêuticas, com as devidas permissões, tornando possível o estudo objetivo de um processo eminente subjetivo. Em consequência, foram feitas algumas constatações até então impensadas, como a de que o motivo da melhora dos clientes ocorria independente do motivo pelo qual os terapeutas acreditavam em que os estavam beneficiando. Comparando-se análises feitas por observadores neutros, verificou-se que elas coincidiam mais com as dos próprios clientes que com a dos psicoterapeutas, ou seja, os primeiros é que percebiam melhor o que realmente os ajudava e o quanto estavam sendo compreendidos ou não por quem os atendia. Sua dedicação à construção de um método científico na psicologia foi reconhecido por prêmio da Associação Americana de Psicologia, da qual também foi eleito presidente, em 1958. Seus métodos científicos estão descritos em livros traduzidos no Brasil como "A Pessoa como Centro" e "Um jeito de ser". “Subvertendo” a “relação de poder” terapeuta-cliente (decorrente do pressuposto, até então, de que psicólogos e psiquiatras é que detinham o conhecimento da subjetividade de seus pacientes) seu trabalho "subverteu" também outras áreas, o que só se tornou visível para o próprio Rogers após décadas de atividades, como relatou em uma de suas últimas e melhores obras, “Sobre o Poder Pessoal” – livro em que traça, por exemplo, um paralelo entre suas descobertas e as de Paulo Freire e de sua “pedagogia do oprimido”. Fruto de suas pesquisas, sistematizou o método da “Terapia centrada no cliente” que depois evoluiu para a “Abordagem centrada na pessoa” (ACP), mas ele próprio afirma que seu objetivo nunca fora criar um sistema próprio de psicoterapia e sim estudar os critérios necessários para a evolução da psicoterapia científica como um todo. É considerado um precursor da psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).
Linha do tempo de Rogers
  • 1902: em 8 de janeiro, nasce Carl Ransom Rogers, em Oak Park, Illinois, EUA.
  • 1914: aos 12 anos de idade, muda-se com a família para uma fazenda.
  • 1924: graduou-se na Universidade de Wisconsin.
  • 1928: conclui o mestrado pela Universidade de Columbia.
  • 1931: conclui o doutorado em Psicoterapia, pela Universidade de Columbia.
  • 1940: passa a ocupar a cátedra de Psicologia na Universidade de Ohio.
  • 1944: presidente da American Association for Applied Psychology (Associação Americana de Psicologia Aplicada).
  • 1945: torna-se professor de Psicologia na Universidade de Chicago e secretário executivo do Centro de Aconselhamento Terapêutico.
  • 1946: presidente da American Psychological Association (Associação Americana de Psicologia).
  • 1957-1963: leciona Psicologia e Psiquiatria na Universidade de Wisconsin.
  • 1987: Carl Rogers morre em 4 de fevereiro, aos 85 anos, em La Jolla, California, EUA.
Rogers é considerado o mais influente psicólogo e psicoterapeuta da história americana. Ele se opôs às abordagem convencionais dominantes – o determinismo behaviorista, o “comportamentalismo” em geral, e a psicanálise de Freud, com uma abordagem nova da pessoa, com visão holística, ecológica, organísmica e sistêmica. Valoriza a pessoa por si mesma e as atitudes de compreensão, empatia, aceitação, confiança e congruência para com ela. Essa sua nova abordagem se fundamenta nas filosofias existencialista e personalista. Desenvolveu a “Terapia Centrada no Cliente”, que mais tarde se modificou em “Terapia Centrada na Pessoa”. Sinonímias da expressão: Orientação não diretiva ou Abordagem centrada na pessoa. Rogers aplicou sua teoria no campo da Educação, propondo uma Pedagogia Centrada no Aluno ou Pedagogia Experiencial. Ficando mais conhecida a partir de 1980, como Pedagogia Não-diretiva. Houveram muitos mal-entendidos e controvérsias da tradução de sua obra. O essencial da pedagogia rogeriana é: os alunos aprendem melhor, são mais assíduos, interessados, motivados e participativos, são mais criativos e capazes de resolver problemas, se os professores lhes proporcionarem um clima humano, quer sob o ponto de vista relacional, quer afetivo, e um ambiente de confiança, facilitador da aprendizagem. Pois o aluno é que sabe o que precisa e que é ele quem sabe a direção que deve tomar, ao professor  cabe-lhe a orientação para que realize suas potencialidades num processo de crescimento e auto-realização.
Ser o que realmente se é, implica: aceitar a própria experiência; aceitar a minha experiência é aceitar-me a mim; aceitar-me a mim permite-me aceitar os outros; se o que se é, aceitar-se, é também compreender ou ter “consideração positiva incondicional”; ser o que se é, aceitar-se, é também ser congruente; ser si mesmo é crescer; ser o que se é, é ter, ou melhor, ser  vida plena, good life.
Rogers identifica dez princípios de aprendizagem, que são: 
1. O ser humano possui aptidões para aprender. 
2. A aprendizagem autêntica supõe que o assunto seja percebido pelo estudante como pertinente em relação aos seus objetivos. Esta aprendizagem se efetiva mais rapidamente quando o indivíduo busca uma finalidade precisa e quando ele julga os materiais didáticos que lhe são apresentados como capazes de lhe permitir atingi-la mais depressa. 
3. A aprendizagem que implica uma modificação da própria organização pessoal – da percepção de si – representa uma ameaça e o aluno tende a resistir a ela. 
4. A aprendizagem que constitui uma ameaça para alguém é mais facilmente adquirida e assimilada quando as ameaças externas são minimizadas. 
5. Quando o sujeito se sente pouco ameaçado, a experiência pode ser percebida de maneira diferente e o processo de aprendizagem pode se efetivar. 
6. A verdadeira aprendizagem ocorre em grande parte através da ação. 
7. A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa do processo. 
8. A aprendizagem espontânea que envolve a personalidade do aluno em totalidade – sentimentos e intelecto imbricados – é a mais profunda e duradoura. 
9. Independência, criatividade e autonomia são facilitadas quando a autocrítica e auto avaliação são privilegiadas em relação à avaliação feita por terceiros. 
10. No mundo moderno, a aprendizagem mais importante do ponto de vista social é aquela que consiste em conhecer bem como ela funciona e que permite ao sujeito estar constantemente disposto a experimentar e assimilar o processo de mudança. 
A tarefa do professor, segundo Rogers, seria a de criar meios que facilitem a aprendizagem. O grupo de alunos necessita desenvolver a experiência de aprendizagem em um clima criado pelo professor. Isso pressupõe que o professor deve estar preparado para administrar e aceitar objetivos antagônicos e conflituosos dentro do grupo, permitindo que cada um possa expressar livremente o que deseja fazer. Poderão surgir objetivos pessoais e grupais e isso deve ser respeitado. 
A motivação para aprender depende dos objetivos estabelecidos pelo próprio aluno. É o interesse do aluno que determina os objetivos a serem alcançados. E a tarefa do professor é oferecer um conjunto de possibilidades quanto aos recursos didáticos. E deve considerar-se como um recurso a mais para o aluno. 
Deve lembrar-se de que os alunos podem ter reações afetivas e cognitivas diante do objeto de estudo e tanto uma como outra são igualmente importantes para cada um individualmente, como para o grupo. Ou seja, o professor deve valorizar de forma igual, uma e outra.

Algumas das obras de Rogers são:
  • 1939: O Tratamento Clínico da Criança-problema (The clinical treatment of the problem child)
  • 1942: Psicoterapia e Consulta Psicológica (Counseling and Psychotherapy)
  • 1951: Terapia Centrada no Cliente (Client-Centered Therapy)
  • 1961: Tornar-se Pessoa (On Becoming a Person)
  • 1969: Freedom to Learn
  • 1970: Grupos de Encontro (On Encounter Groups)
  • 1977: Sobre o Poder Pessoal (On Personal Power)
  • 1977: A Pessoa Como Centro
  • 1980: Um Jeito de Ser (A Way of Being)



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