TRABALHO DE PSICOLOGIA.
Henri Paul Wallon
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.
CAMPUS
PORTO ALEGRE
WALLON
Grupo das alunas.
Rita de Cássia, Lúcia
Romero, Eranez Carneiro,
Carmem e Maria de
Fátima.
Sumário
Introdução ...............................................................................
3
Biografia .............................................................................. 3
Trajetória do Wallon ...............................................................
4
Teoria de Wallon ........................................................................5
Leis da Alternância
.....................................................................5
Estágios do desenvolvimento ...................................................6
Conclusão ..................................................................................7
Dados bibliográficos ..................................................................8
Introdução
“ O individuo é social não como resultado de circunstância,
mas em virtude de uma necessidade interna.”
( Henri Wallon)
Biografia
Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris
em 1789, terceiro filho de uma família aristocrata herdou o nome do avô que era
historiador e político importante. Conviveu com sete irmãos e irmãs em uma
família onde cheirava se politica, justiça e democracia. O pai de Wallon era
arquiteto e costumava ler livros de Vitor Hugo para as crianças destacando que
o autor lutou pela liberdade e pelos pobres e que eles deveriam seguir as
ideias desse autor.
Aos 20 anos, Wallon ingressou na escola normal superior tornando-se
professor de filosofia. Decorridos um ano de docência no Liceu Bar le Duc na
periferia de Paris, Henri Paul demonstrou-se cansado das aulas com o secundário
então procura o curso em medicina e mais tarde o seu interesse o levaria a
psiquiatria. O foco de Wallon concentrou-se nas anomalias motoras e mentais da
criança nas quais, dedicou seis anos de estudos com inúmeras observações.
Em 1925, Wallon concluiu seu doutorado publicou sua tese
como seu primeiro livro “ L”enfant
turbulent” (A criança agitada), inicia-se um período de intensa produção
com todos ops livros voltados para a psicologia da criança. Wallon foi convidado a auxiliar na primeira
guerra mundial onde obteve um grande aprendizado modificando suas ideias sobre
a razão e emoção. Como médico do exército francês cuidou de inúmeros feridos
neurológicos e soldados com traumas e distúrbios mentais. Militante da esquerda
Wallon participou das forças de resistências contra Hitler e foi perseguido
pela Gestapo ( policia politica nazista).
Wallon foi vice-presidente do Grupo Francês da Escola
Nova, instituição que ajudou a modificar o sistema de ensino francês e da qual
foi presidente de 1946 até falecer em 1962. No decorrer de sua vida, Wallon
dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças. Em
1947, Henri Paul sugeriu mudanças nas estruturas do sistema educacional
francês. Coordenou o projeto de reforma do ensino conhecido como
Langevin-wallon que era um conjunto de propostas parecidas com a nossa Lei de
Diretrizes e Bases. Um exemplo era que nenhum aluno devia ser reprovado numa
avaliação. Em 1948 lançou a revista “Enfance”
com novas ideias para o mundo da educação.
Henri Wallon faleceu em primeiro de dezembro de 1962 aos
83 anos e, Paris.
A trajetória de Wallon
Ao longo de sua carreira as atividades do
psicólogo Henri Wallon foram se aproximando cada vez mais da educação. Se por
um lado viu o estudo da criança como um recurso para conhecer o psiquismo
humano por outro se interessou pela infância como problema concreto sobre o
qual se debruçou com atenção e engajamento. É o que mostram seu interesse
teórico por problemas de educação e sua participação no debate educacional de
época.
Considerava Wallon que entre a psicologia e a
pedagogia devera haver uma relação de contribuição recíproca. Via a escola como
meio peculiar a infância e obra fundamental da sociedade contemporânea, como um
contexto privilegiado para estudo da pessoa completa.
Considerada em suas relações como o meio e em seus
diversos domínios. Contrário ao procedimento de se privilegiar um único aspecto
do desenvolvimento da criança, Wallon o estuda em seus domínios afetivo,
cognitivo e motor, procurando mostrar quais são os diferentes momentos do
desenvolvimento os vínculos entre cada um e suas implicações com o todo
representado pela personalidade.
A teoria pedagógica que diz que o desenvolvimento
intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro abalou as convicções
numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do
conhecimento.
Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança,
mas também suas emoções para dentro da sala de aula. A teoria de Wallon diz que
as reações emocionais em uma base orgânica estão ligadas ao sistema nervoso.
Também mostra que a postura e movimento corporal comunicam seu estado efetivo e
assim podem dar pistas ao professor a respeito de seu estado de espírito.
Wallon propõe o estudo da pessoa completa tanto em
relação a seu caráter cognitivo quanto ao efetivo e motor. A cognição é
importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade. O autor
diz que “reprovar é sinônimo de expulsam negarem, excluir, ou seja, a própria
negação do ensino. A reprovação do
aluno” faz com que ele seja desestimulado e perca o total interesse pelos
estudos.
A teoria de Wallon
É
centrada na psicogênese da pessoa, ou seja, busca o desenvolvimento do ser
humano a partir de uma perspectiva genética pelo viés de uma análise
comparativa. Conforme Wallon a linguagem
é o instrumento e o suporte indispensável aos progressos do pensamento. Em
pensamento e linguagem existe uma relação de reciprocidade: a linguagem
expressa o pensamento ao mesmo tempo em que age como estrutura do mesmo.
A teoria de Wallon diz que o desenvolvimento intelectual
envolve muito mais do que um simples celebro. Wallon foi primeiro a levar não
só o corpo da criança, mas também as suas emoções para dentro da sala de
aula.
Wallon não via o esquema corporal como unidade biológica
ou psíquica, mas como uma construção. Necessidade considerar a pessoa como um
todo. Henri Paul fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que se
comunicam o tempo todo:
Ø Emoção,
Ø A
pessoa,
Ø O
movimento (ação e criatividade)
Ø A
inteligência.
A teoria de Wallon descreve que as reações emocionais tem
uma base orgânica e está ligada ao sistema nervoso. Também mostrar que a
postura e movimento corporal comunicam-se seu estado efetivo e assim podem dar
pistas do procedente a respeito de seu espirito. Wallon propõe o estudo da
pessoa completa tanto em relação a seu caráter gognitivo quanto ao caráter
afetivo e motor.
A cognição é importante, mas não mais que a afetividade
ou a motricidade.
Leis de alternância
Henri Wallon fez seus estudos a partir de
comparações entre semelhanças e diferenças entre crianças normais e
patológicas.
Nessa teoria existem leis reguladoras para a sequência
dos estágios:
Ø Lei de alternância funcional – onde
ao movimento predominante ou para dentro, para o conhecimento de si, ou para fora,
para o conhecimento do mundo exterior.
Ø Lei de predominância funcional –
onde fica evidencia o qual predomina em um estágio é o motor, afetivo ou
cognitivo embora continuem nutrindo-se mutuamente e o amadurecimento de um
interfere no amadurecimento do outro, sendo que aproximando as duas leis quando
a direção é para si mesmo (centrípeta) o predomínio é do afetivo: quando é para
o mundo exterior (centrifuga) o predomínio é do cognitivo.
Ø Lei da integração funcional –
caracterizando esta sequência de estágio como uma relação hierárquicos sendo os
primeiros estágios mais simples evoluindo para os mais complexos, conforme o
meio e o sistema nervoso (biológico).
Estágios
do desenvolvimento
Estágio Impulsivo-Emocional – (primeiro
ano de vida) a marca peculiar é dada pela emoção, instrumentação privilegiada
de interação da criança com o meio. A predominância da afetividade orienta as
primeiras reações do bebê às pessoas que o intermediaram em sua relação com o
mundo físico. A exuberância de suas manifestações afetivas é diferente
proporcional a sua inaptidão para agir diretamente sobre a realidade exterior.
Estágio Sensório-Motor -
(até o terceiro ano) a criança se volta para a exploração sensório-motora do
mundo. Ao adquirir a marcha e a apreensão, adquire maior autonomia para
manipular os objetos e explorar os espaços e explorar os espaços. É nesse
estágio o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. Em estado
inicial, o pensamento precisa do auxilio dos gestos para se exteriorizar, o ato
mental “projeta-se” em atos motores. Neste estágio, prevalecem as relações
simbólicas com o meio (inteligência prática e simbólica).
Estágio do Personalismo -
(dos três aos seis anos) cuja tarefa maior é o processo de formação da
personalidade. A construção da consciência de si se dá por meio das interações
sociais. Isso reorienta o interesse da criança para as pessoas marcando a
predominância das relações afetivas.
Estágio Categorial – (por
volta dos seis anos ) com a formação simbólica e a
diferenciação da personalidade há um avanço nos planos da inteligência. Os
progressos intelectuais estimulam a criança para o desenvolvimento e conquista
do mundo exterior. Nas suas relações prepondera o aspecto cognitivo.
Estágio da Adolescência –
(puberdade) esta fase quebra a tranquilidade afetiva da fase anterior e traz a
necessidade de uma nova definição dos contornos da personalidade que sofrem
devido às mudanças corporais pela ação hormonal. Também há o retorno de
questões pessoas, morais existenciais numa retomada da afetividade.
Conclusão
Segundo Wallon para entender o funcionamento do psiquismo
não se deve ignorar o aspecto biológico e nem o aspecto social. O materialismo dialético é importante captar
a realidade em suas permanentes mudanças e transformações.
Para Wallon, a genética era importante, mas só ela não
bastaria para a compreensão do desenvolvimento infantil. É necessário outro
campos de conhecimento. A teoria de Henri Wallon buscou uma psicogênese da
pessoa, para ele o desenvolvimento humano não ocorreria de forma linear. As
crises podem acontecer na criança a cada passagem de um estágio para outro e
podem ser endógenas ou exógenas. Estas crises são fatores dinamogênicos, pois
propulsionam o desenvolvimento.
As teorias wallonianas quando postas à prova revelam-se
eficazes na descrição de comportamentos. Com o apoio da teoria de Wallon é
possível que se eduque e conheça a criança de forma confiável, respeitando as
características e peculiaridades das mesmas, sempre observando cada estágio.
Levando em conta a realidade ao seu redor. Conclui-se que, a teoria de Wallon
proporciona a nós, educadores, oportunidades para que possamos compreender
melhor nossos alunos, quais os meios que impulsionam a aprendizagem, como a
criança aprende os conteúdos, como avaliar melhor e verificar os obstáculos que
a levam a reprovação.
video dos exemplos.
Bibliografia
Site do wikipédia.
WALLON, Henri. A evolução
psicológica da criança. Lisboa, Edições 70, 1968.
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