segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Trabalho de psicologia - Wallon


TRABALHO DE PSICOLOGIA. 




Henri Paul Wallon  


   INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

CAMPUS PORTO ALEGRE



WALLON






Grupo das alunas.
Rita de Cássia, Lúcia Romero, Eranez Carneiro,
Carmem e Maria de Fátima.



Sumário


Introdução      ............................................................................... 3

Biografia         ..............................................................................  3

Trajetória do Wallon      ............................................................... 4

Teoria de Wallon   ........................................................................5

Leis da Alternância   .....................................................................5

Estágios do desenvolvimento   ...................................................6

Conclusão    ..................................................................................7

Dados bibliográficos   ..................................................................8





Introdução

         “ O individuo é social não como resultado de circunstância, mas em virtude de uma necessidade interna.”  ( Henri Wallon)  

Biografia

        Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris em 1789, terceiro filho de uma família aristocrata herdou o nome do avô que era historiador e político importante. Conviveu com sete irmãos e irmãs em uma família onde cheirava se politica, justiça e democracia. O pai de Wallon era arquiteto e costumava ler livros de Vitor Hugo para as crianças destacando que o autor lutou pela liberdade e pelos pobres e que eles deveriam seguir as ideias desse autor.    
            Aos 20 anos, Wallon ingressou na escola normal superior tornando-se professor de filosofia. Decorridos um ano de docência no Liceu Bar le Duc na periferia de Paris, Henri Paul demonstrou-se cansado das aulas com o secundário então procura o curso em medicina e mais tarde o seu interesse o levaria a psiquiatria. O foco de Wallon concentrou-se nas anomalias motoras e mentais da criança nas quais, dedicou seis anos de estudos com inúmeras observações.
            Em 1925, Wallon concluiu seu doutorado publicou sua tese como seu primeiro livro “ L”enfant turbulent” (A criança agitada), inicia-se um período de intensa produção com todos ops livros voltados para a psicologia da criança.  Wallon foi convidado a auxiliar na primeira guerra mundial onde obteve um grande aprendizado modificando suas ideias sobre a razão e emoção. Como médico do exército francês cuidou de inúmeros feridos neurológicos e soldados com traumas e distúrbios mentais. Militante da esquerda Wallon participou das forças de resistências contra Hitler e foi perseguido pela Gestapo ( policia politica nazista).  
            Wallon foi vice-presidente do Grupo Francês da Escola Nova, instituição que ajudou a modificar o sistema de ensino francês e da qual foi presidente de 1946 até falecer em 1962. No decorrer de sua vida, Wallon dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças. Em 1947, Henri Paul sugeriu mudanças nas estruturas do sistema educacional francês. Coordenou o projeto de reforma do ensino conhecido como Langevin-wallon que era um conjunto de propostas parecidas com a nossa Lei de Diretrizes e Bases. Um exemplo era que nenhum aluno devia ser reprovado numa avaliação. Em 1948 lançou a revista “Enfance” com novas ideias para o mundo da educação.
            Henri Wallon faleceu em primeiro de dezembro de 1962 aos 83 anos e, Paris.

A trajetória de Wallon

        Ao longo de sua carreira as atividades do psicólogo Henri Wallon foram se aproximando cada vez mais da educação. Se por um lado viu o estudo da criança como um recurso para conhecer o psiquismo humano por outro se interessou pela infância como problema concreto sobre o qual se debruçou com atenção e engajamento. É o que mostram seu interesse teórico por problemas de educação e sua participação no debate educacional de época.
        Considerava Wallon que entre a psicologia e a pedagogia devera haver uma relação de contribuição recíproca. Via a escola como meio peculiar a infância e obra fundamental da sociedade contemporânea, como um contexto privilegiado para estudo da pessoa completa.   
            Considerada em suas relações como o meio e em seus diversos domínios. Contrário ao procedimento de se privilegiar um único aspecto do desenvolvimento da criança, Wallon o estuda em seus domínios afetivo, cognitivo e motor, procurando mostrar quais são os diferentes momentos do desenvolvimento os vínculos entre cada um e suas implicações com o todo representado pela personalidade. 
            A teoria pedagógica que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento.
            Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. A teoria de Wallon diz que as reações emocionais em uma base orgânica estão ligadas ao sistema nervoso. Também mostra que a postura e movimento corporal comunicam seu estado efetivo e assim podem dar pistas ao professor a respeito de seu estado de espírito.      
            Wallon propõe o estudo da pessoa completa tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao efetivo e motor. A cognição é importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade. O autor diz que “reprovar é sinônimo de expulsam negarem, excluir, ou seja, a própria negação do ensino.  A reprovação do aluno” faz com que ele seja desestimulado e perca o total interesse pelos estudos.
           
A teoria de Wallon

          É centrada na psicogênese da pessoa, ou seja, busca o desenvolvimento do ser humano a partir de uma perspectiva genética pelo viés de uma análise comparativa.  Conforme Wallon a linguagem é o instrumento e o suporte indispensável aos progressos do pensamento. Em pensamento e linguagem existe uma relação de reciprocidade: a linguagem expressa o pensamento ao mesmo tempo em que age como estrutura do mesmo.  
            A teoria de Wallon diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples celebro. Wallon foi primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também as suas emoções para dentro da sala de aula. 
            Wallon não via o esquema corporal como unidade biológica ou psíquica, mas como uma construção. Necessidade considerar a pessoa como um todo. Henri Paul fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo:
Ø  Emoção,
Ø  A pessoa,
Ø  O movimento (ação e criatividade)
Ø  A inteligência.
            A teoria de Wallon descreve que as reações emocionais tem uma base orgânica e está ligada ao sistema nervoso. Também mostrar que a postura e movimento corporal comunicam-se seu estado efetivo e assim podem dar pistas do procedente a respeito de seu espirito. Wallon propõe o estudo da pessoa completa tanto em relação a seu caráter gognitivo quanto ao caráter afetivo e motor.
            A cognição é importante, mas não mais que a afetividade ou a motricidade.

Leis de alternância

        Henri Wallon fez seus estudos a partir de comparações entre semelhanças e diferenças entre crianças normais e patológicas.
            Nessa teoria existem leis reguladoras para a sequência dos estágios:
Ø  Lei de alternância funcional – onde ao movimento predominante ou para dentro, para o conhecimento de si, ou para fora, para o conhecimento do mundo exterior.
Ø  Lei de predominância funcional – onde fica evidencia o qual predomina em um estágio é o motor, afetivo ou cognitivo embora continuem nutrindo-se mutuamente e o amadurecimento de um interfere no amadurecimento do outro, sendo que aproximando as duas leis quando a direção é para si mesmo (centrípeta) o predomínio é do afetivo: quando é para o mundo exterior (centrifuga) o predomínio é do cognitivo.
Ø  Lei da integração funcional – caracterizando esta sequência de estágio como uma relação hierárquicos sendo os primeiros estágios mais simples evoluindo para os mais complexos, conforme o meio e o sistema nervoso (biológico).    

Estágios do desenvolvimento

Estágio Impulsivo-Emocional(primeiro ano de vida) a marca peculiar é dada pela emoção, instrumentação privilegiada de interação da criança com o meio. A predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas que o intermediaram em sua relação com o mundo físico. A exuberância de suas manifestações afetivas é diferente proporcional a sua inaptidão para agir diretamente sobre a realidade exterior.
Estágio Sensório-Motor - (até o terceiro ano) a criança se volta para a exploração sensório-motora do mundo. Ao adquirir a marcha e a apreensão, adquire maior autonomia para manipular os objetos e explorar os espaços e explorar os espaços. É nesse estágio o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. Em estado inicial, o pensamento precisa do auxilio dos gestos para se exteriorizar, o ato mental “projeta-se” em atos motores. Neste estágio, prevalecem as relações simbólicas com o meio (inteligência prática e simbólica).
Estágio do Personalismo - (dos três aos seis anos) cuja tarefa maior é o processo de formação da personalidade. A construção da consciência de si se dá por meio das interações sociais. Isso reorienta o interesse da criança para as pessoas marcando a predominância das relações afetivas.     
Estágio Categorial – (por volta dos seis anos ) com a formação simbólica e a diferenciação da personalidade há um avanço nos planos da inteligência. Os progressos intelectuais estimulam a criança para o desenvolvimento e conquista do mundo exterior. Nas suas relações prepondera o aspecto cognitivo.
Estágio da Adolescência – (puberdade) esta fase quebra a tranquilidade afetiva da fase anterior e traz a necessidade de uma nova definição dos contornos da personalidade que sofrem devido às mudanças corporais pela ação hormonal. Também há o retorno de questões pessoas, morais existenciais numa retomada da afetividade.   

Conclusão

            Segundo Wallon para entender o funcionamento do psiquismo não se deve ignorar o aspecto biológico e nem o aspecto social.  O materialismo dialético é importante captar a realidade em suas permanentes mudanças e transformações.
            Para Wallon, a genética era importante, mas só ela não bastaria para a compreensão do desenvolvimento infantil. É necessário outro campos de conhecimento. A teoria de Henri Wallon buscou uma psicogênese da pessoa, para ele o desenvolvimento humano não ocorreria de forma linear. As crises podem acontecer na criança a cada passagem de um estágio para outro e podem ser endógenas ou exógenas. Estas crises são fatores dinamogênicos, pois propulsionam o desenvolvimento. 
            As teorias wallonianas quando postas à prova revelam-se eficazes na descrição de comportamentos. Com o apoio da teoria de Wallon é possível que se eduque e conheça a criança de forma confiável, respeitando as características e peculiaridades das mesmas, sempre observando cada estágio. Levando em conta a realidade ao seu redor. Conclui-se que, a teoria de Wallon proporciona a nós, educadores, oportunidades para que possamos compreender melhor nossos alunos, quais os meios que impulsionam a aprendizagem, como a criança aprende os conteúdos, como avaliar melhor e verificar os obstáculos que a levam a reprovação. 


video dos exemplos.

  









Bibliografia
Site do wikipédia.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa, Edições 70, 1968.


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